sábado, 29 de dezembro de 2007

Feliz 2008!











Um ano de 2008 muito feliz para todos.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Fotografias da peça "A Entrevista com o Pai Natal"

Estas fotografias são referentes à peça de teatro" O 6º C em entrevista com o Pai Natal", adapatado do texto de António Torrado. A dramatização desta peça tinha como público alvo os alunos do 1º ciclo da Escola da Igreja - Mondim de Basto e realizou-se no auditório da escola Eb2,3/sec de Mondim de Basto.
































Peça de teatro

A Turma do 6º C em Entrevista com o Pai Natal



CECíLIA:_ Fomos encontrá-lo a fazer embrulhos e a arrumar sacos e malas no porta –bagagens do trenó. Para meter conversa, visto que o Pai Natal, sugeito muito modesto, não gosta de ser entrevistado, perguntámos-lhe:

RAFAEL:_ Então, muito trabalho, este ano?

PAI NATAL:_ Nem calcula! É que as meninas e os meninos estão cada vez mais exigentes. Só querem brinquedos caros e volumosos. Ora, eu, francamente, já não tenho forças para carregar com tanta coisa! Tome o peso a esta caixa, faça favor.(e dirige-se à Marta que pega nela e faz uma expressão de que realmente pesa muito)

MARTA
:_ Ah, realmente , a caixa está pesada!

MÓNICA:_ E o que leva nessa caixa?

PAI NATAL:_ É um comboio eléctrico inteirinho, com os comandos, carruagens , baterias, estações! E não tenho ninguém que me ajude.

RUTE:_ Tens razão, Pai Natal!

PAI NATAL: _Claro que os meninos , depois, queixam-se de que eu não trouxe tudo o que eles pedem…Para chegar a todos tenho de reduzir a encomenda de cada um. O porta bagagens do trenó não é de elástico e as minhas forças também não são muitas.

RAFAEL:_ Só a sua paciência, Pai Natal, é infinita.

PAI NATAL:_ Nem sempre , meu amigo, nem sempre Quando recebo cartas como estas, perco a paciência. Ora lê.( desdobrou uma folha de papel e deu a ler a carta à Cá tia)

CÁTIA: _ “ Querido Pai Natal:
Queria pedir-lhe uma boneca daquelas grandes, que eu vi, no outro dia, numa montra, quando fui sair com a minha mãe. Queria enxoval completo da boneca, uma banheira para lhe dar banho, um pente , uma escova e um secador para cabelos de bonecas. Queria também um serviço de chá para bonecas, um triciclo, um jogo e uma lapiseira azul.
Para a minha irmã não mande nada, porque ela só sabe estragar-me os brinquedos.
Beijinhos da sua amiga
Luísa “

PAI NATAL:_ Leu tudo? Que tal aquele bocadinho em que ela diz para não dar nada à irmã? Veja se não é de uma pessoa perder a cabeça!

HELENA:_ Mas não perca, Pai Natal.__ A sua cabeça, onde cabem milhões de nomes, moradas e pedidos, é preciosa.

PAI NATAL:_ Nem me fale disso! Já não tenho memória para tanta coisa. Os pedidos , as listas aumentam de ano para ano…

SÍLVIA: _Não diga que já troou encomendas?

PAI NATAL:_ Se tenho!

RAFAELA
:_ Que faz o Pai Natal quando o natal acaba?

PAI NATA L:_ Descanso umas semaninhas e, depois, ponho-me a trabalhar par a o Natal seguinte. Viajo muito, corro todas as exposições e fábricas de brinquedos , faço as minhas encomendas….Quando calha, disfarço-me de velho mendigo e vou ter com os meninos, que tantos trabalhos me deram.

ANA RAFAELA :_ E o que sucede? Os meninos acarinham-no, falam consigo, dão-lhe alguma prenda?

PAI NATAL:_ sofro cada desilusão ,minha amiga, que é preferível ficarmos por aqui. Talvez para o ano que vem lhe conte mais coisas.

CECÍLIA
: Couberam ao Pai Natal as últimas palavras da entrevista . Aguardemos um ano e, até lá, vejam se não desiludem o Pai Natal.


António Torrado – Entrevista com o Pai Natal (Adaptado)
www.historiadodia.pt

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

O Blog da Escola EB2,3/Sec. de Mondim de Basto

"A MAGIA DA LEITURA"




" Amar a leitura é trocar horas de fastio por horas de inefável e deliciosa companhia."
(John F. Kennedy)

Objectivos do blog:

  • desenvolver o gosto pela leitura;

  • desenvolver a capacidade criativa;

  • desenvolver a capacidade de comunicar;

  • desenvolver a sensibilidade;

  • dar a conhecer outros mundos dentro do nosso.


Responsáveis :Salete Valente; Adelaide Borges

Colaboradores: Cristina Pontes; José Paulo

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Natal e não Dezembro


Natal e não Dezembro

Entremos, apressados, friorentos,
Numa gruta, no bojo de um navio
Num presépio, num prédio, num presídio,
No prédio que amanhã for demolido...

Entremos inseguros, mas entremos,
Entremos e depressa, em qualquer sítio,
Porque esta noite chama-se Dezembro,
Porque sofremos, porque temos frio.

Entremos, dois a dois: somos duzentos,
Duzentos mil, doze milhões de nada,
Procuremos o rasto de uma casa,
A cave, a gruta, o sulco de uma nave...


Entremos, despojados, mas entremos,
De mãos dadas talvez o fogo nasça,
Talvez seja Natal e não Dezembro,
Talvez universal a consoada.


David Mourão-Ferreira

Natal de 1971

Natal de 1971





Natal de quê? De quem?
Daqueles que o não têm?
Dos que não são cristãos?
Ou de quem traz às costas

As cinzas de milhões?
Natal de paz agora
Nesta terra de sangue?
Natal de liberdade
Num mundo de oprimidos?
Natal de uma justiça
Roubada sempre a todos?
Natal de ser-se igual
Em ser-se concebido,
Em de um ventre nascer-se, i
Em por amor sofrer-se,
Em de morte morrer-se
E de ser-se esquecido?
Natal de caridade,
Quando a fome ainda mata?
Natal de qual esperança
Num mundo todo de bombas?
Natal de honesta fé,
Com gente que é traição,
Vil ódio, mesquinhez,
E até Natal de amor?
Natal de quê? De quem?
Daqueles que o não têm,
Ou dos que olhando ao longe
Sonham de humana vida
Um mundo que não há?
Ou dos que torturam
E torturados são
Na crença de que os homens
Devem estender as mãos?


Jorge de Sena


Enquanto a chuva Escorrer




Enquanto a Chuva Escorrer

Enquanto a chuva
Escorrer da minha vidraça
E furar o telhado
Daquele farrapo de homem que além passa
Enquanto o pão
Não entrar com justiça
Lado a lado
Mão a mão
Nem jesus vem
Andar pelos caminhos onde outros vão
Um dia
Quando for Natal
(E já não for Dezembro)
E o mundo for o espaço
Onde cabe
Um só abraço
Então
Jesus virá
E será
À flor de tudo
O redentor
Universal
(Quando o homem quiser
Será Natal)

Manuel Sérgio




Eu queria ser Pai Natal

Eu queria ser Pai Natal
E ter um carro com renas
Para pousar nos telhados
Mesmo ao pé das antenas.

Descia com o meu saco
Ao longo da chaminé,
Carregado de brinquedos

E roupas, pé ante pé.

Em cada casa trocava
Um sonho por um presente.
Que profissão mais bonita
Fazer a gente contente
.

Luísa Ducla Soares
Poemas da mentira e da verdade