terça-feira, 29 de abril de 2008

Histórias para ler e encantar




A obra O Conselheiro do Rei de Alexandre Parafita, escritor transmontano, consagrado na Literatura Infantil, contém seis histórias recontadas e recriadas pelo autor, num estilo e linguagem ajustados aos gostos dos mais pequenos.
Histórias como" Branca Flor , e os seus suspiros", " O Moinho da maldição", "O Diabo e o Ferreiro"...permitem às crianças de hoje voltar atrás no tempo e deliciarem-se com belíssimas narrações, recheadas de elementos sobrenaturais,num convite permanente à sua imaginação.
Este livro contém histórias muito antigas, do tempo dos reis, dos castelos, dos duendes e das fadas, contadas ao longo de várias gerações pelos nossos avós e seus antepassados. De tão antigas que são, ninguém se lembra de quem as contou pela primeira vez. O que se sabe é que elas são fruto da imaginação e das vivências do nosso povo, numa tentativa de encontrar explicação e solução para os seus problemas.
Estas histórias de tradição oral são o testemunho vivo da cultura e saber populares de que nós nos orgulhamos e temos o dever de preservar.

terça-feira, 22 de abril de 2008

A Poesia e o 25 de Abril




Muitos foram os poetas que cantaram Abril.
Antes e depois da Revolução dos Cravos muitos poetas portugueses escreveram sobre liberdade e esperança num país melhor: José Carlos Ary dos Santos;José Fanha; Manuel Alegre; Sérgio Godinho...





Solitário
por entre a gente eu vi o meu país.
Era um perfil
de sal
e abril.
Era um puro país azul e proletário.
Anónimo passava. E era Portugal
que passava por entre a gente e solitário
nas ruas de Paris.

Vi minha pátria derramada
na Gare de Austerlitz. Eram cestos
e cestos pelo chão. Pedaços
do meu país.
Restos.
Braços.
Minha pátria sem nada
despejada nas ruas de Paris.

E o trigo?
E o mar?
Foi a terra que não te quiz
ou alguém que roubou as flores de abril?
Solitário por entre a gente caminhei contigo
os olhos longe como o trigo e o mar.
Éramos cem duzentos mil?
E caminhávamos. Braços e mãos para alugar
meu Portugal nas ruas de Paris.

Manuel Alegre


A Rapariga do País de Abril
Habito o sol dentro de ti
descubro a terra aprendo o mar
rio acima rio abaixo vou remando
por esse Tejo aberto no teu corpo.
E sou metade camponês metade marinheiro
apascento meus sonhos iço as velas
sobre o teu corpo que de certo modo
é um país marítimo com árvores no meio.
Tu és meu vinho. Tu és meu pão.
Guitarra e fruta. Melodia.
A mesma melodia destas noites
enlouquecidas pela brisa no País de Abril.
E eu procurava-te nas pontes da tristeza
cantava adivinhando-te cantava
quando o País de Abril se vestia de ti
e eu perguntava atónito quem eras.
Por ti cheguei ao longe aqui tão perto
e vi um chão puro: algarves de ternura.
Quando vieste tudo ficou certo
e achei achando-te o País de Abril.
Manuel Alegre



Abril de Abril
Era um Abril de amigo Abril de trigo
Abril de trevo e trégua e vinho e húmus
Abril de novos ritmos novos rumos.
Era um Abril comigo Abril contigo
ainda só ardor e sem ardil
Abril sem adjectivo Abril de Abril.
Era um Abril na praça Abril de massas
era um Abril na rua Abril a rodos
Abril de sol que nasce para todos.
Abril de vinho e sonho em nossas taças
era um Abril de clava Abril em acto
em mil novecentos e setenta e quatro.
Era um Abril viril Abril tão bravo
Abril de boca a abrir-se Abril palavra
esse Abril em que Abril se libertava.
Era um Abril de clava Abril de cravo
Abril de mão na mão e sem fantasmas
esse Abril em que Abril floriu nas armas.
Manuel Alegre

Liberdade
Viemos com o peso do passado e da semente
esperar tantos anos torna tudo mais urgente
e a sede de uma espera só se ataca na torrente
e a sede de uma espera só se ataca na torrente
Vivemos tantos anos a falar pela caladas
ó se pode querer tudo quanto não se teve nadas
ó se quer a vida cheia quem teve vida parada
só se quer a vida cheia quem teve vida parada
Só há liberdade a sério quando houver
a paz o pão
habitação
saúde educação
só há liberdade a sério quando houver
liberdade de mudar e decidir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir.
Sérgio Godinho


De Coração e Raça
"Sou português de coração e raça
Não há talvez maior fortuna e graça"
Sou português de coração e raça
meio século comido pela traça
fechados numa caixa
e agora ou vai ou racha
e agora ou vai ou racha
Agora vamos é ser
donos do nosso trabalhar
em vez de andar para alugar
com escritos na camisa
e o dinheiro que desliza
do salário para a despesa
compro cama vendo mesa
deito contas à pobreza
Sou português de coração e raça
meio século comido pela traça
fechados numa caixa
e agora ou vai ou racha
e agora ou vai ou racha
Agora vamos é ser
donos do nosso produzir
em vez de ter que partir
com escritos numa mala
e a idade que resvala
do nascimento para a morte
vou para o leste perco o norte
e o meu corpo é passaporte
Sou português de coração e raça
meio século comido pela traça
fechados numa caixa
e agora ou vai ou racha
e agora ou vai ou racha
Sérgio Godinho

25 de Abril

Para os leitores de “palmo e meio” aconselhamos a leitura de uma história muito bonita , escrita por António Pina. Esta história fala de um país, chamado País das Pessoas Tristes,que perdeu um tesouro e, por isso, vive muito triste. Um dia as pessoas do País das Pessoas Tristes fazem uma revolução e recuperam o seu tesouro.







“Porque esta história não é uma história inventada. É uma história verdadeira, aconteceu mesmo. Pergunta aos teus pais ou aos teus professores e eles contar-te-ão mais coisas sobre o País das Pessoas Tristes e sobre o Dia da Liberdade.”

Manuel António Pina, O Tesouro

sexta-feira, 11 de abril de 2008

SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN

Após a leitura de “ A Fada Oriana”, aos alunos foi proposto a realização de um trabalho sobre a sua autora, Sophia de Mello Breyner Andresen, que todos tanto gostam de ler.
Aqui publicamos o trabalho de um aluno, como forma de homenagear a autora e agradecer por ter escrito histórias tão bonitos, que tanto enriquecem os nossos alunos.

«Na minha infância, antes de saber ler, ouvi recitar e aprendi de cor um antigo poema tradicional português, chamado Nau Catrineta. Tive assim a sorte de começar pela tradição oral, a sorte de conhecer o poema antes de conhecer a literatura.
Eu era de facto tão nova que nem sabia que os poemas eram escritos por pessoas, mas julgava que eram consubstanciais ao universo, que eram a respiração das coisas, o nome deste mundo dito por ele próprio.»

Sophia de Mello Breyner Andresen, Arte Poética V

Vida
Sophia de Mello Breyner Andresen é justamente considerada uma das figuras maiores da literatura portuguesa contemporânea, com particular incidência na segunda metade do século XX. A sua obra, repartida pela prosa, poesia e ensaio (com uma incursão no género dramático através de O Bojador1) tem como destinatários preferenciais tanto o público infantil como o adulto.
Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu no Porto a 6 de Novembro de 1919 e faleceu aos 84 anos em Lisboa a 2 de Julho de 2004.
Tem origem dinamarquesa pelo lado paterno. O seu avô, Jan Henrik Andresen, desembarcou um dia no Porto e nunca mais abandonou esta região, tendo o seu filho João Henrique comprado, em 1895, a Quinta do Campo Alegre, hoje Jardim Botânico do Porto.
Entre 1936 e 1939 frequentou o curso de Filologia Clássica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Familiarizou-se assim com a civilização grega.
Casou em 1946, com Francisco Sousa Tavares – advogado, jornalista e político, com quem tem cinco filhos.
Sophia teve uma actuação cívica relevante antes e depois do 25 de Abril, na oposição ao regime de Salazar e na defesa das liberdades: foi co-fundadora da Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos, presidente da Assembleia Geral da Associação Portuguesa de Escritores e, após a Revolução, deputada à Assembleia Constituinte.

Obras
Poesia (1944)
O Dia do Mar (1947)
Coral (1951)
No Tempo Dividido (1954)
Mar Novo (1958)
A Menina do Mar (1958)
A Fada Oriana (1958)
Noite de Natal(1959)
O Cristo Cigano (1962)
Livro Sexto (1962)
Contos Exemplares (1962)
O Cavaleiro da Dinamarca (1964)
O Rapaz de Bronze (1965)
Geografia (1967)
A Floresta (1968)
Grades (1970)
11 Poemas (1971)
Dual (1972)
O Nu na Antiguidade Clássica (1975)
Antologia (1975)
O Nome das Coisas (1977)
Navegações(1983)
Histórias da Terra e do Mar (1984)
Árvore (1985)
Ilhas (1989)
Musa (1994)
Signo (1994)
O Búzio de Cós (1997)
Mar (2001) - antologia organizada por Maria Andresen de Sousa Tavares
Orpheu e Eurídice (2001)
Primeiro Livro de Poesia (1999)

Prémios com que foi condecorada:
1964 - Grande Prémio de Poesia da Sociedade Portuguesa de Escritores, atribuído a Livro Sexto.
1977 - Prémio Teixeira de Pascoaes
1983 - Prémio da Crítica, da Associação Internacional de Críticos Literários
1989 - Prémio D. Dinis, da Fundação da Casa de Mateus
1990 - Grande Prémio de Poesia Inasset / Inapa
1992 - Grande Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças
1994 - Prémio 50 anos de Vida Literária, da Associação Portuguesa de Escritores
1995 - Prémio Petrarca
1996 - Homenageada do "Carrefour des Littératures", na IV Primavera Portuguesa de Bordéus e da Aquitânia
1998 - Prémio da Fundação Luís Miguel Nava
1999 - Prémio Camões (primeira mulher portuguesa a recebê-lo)
2000 - Prémio Rosalia de Castro, do Pen Clube Galego
2001 - Prémio Max Jacob Étranger
2003 - Prémio Rainha Sofia de Poesia Iberoamericana.


Luís Paulo Mota,5ºA

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Dia Internacional do Livro Infantil




O dia do Livro infantil - 2 de Abril - é lembrado um pouco por todo o mundo. A equipa dinamizadora deste blog de leitura aproveitou a efeméride para uma vez mais reforçar a ideia da importância da leitura e do livro enquanto veículo de sabedoria e aprendizagem para a vida. Os livros estimulam as competências e o raciocínio das crianças. É importante desenvolver nelas a imaginação e a capacidade de reconhecer que o mundo não tem fronteiras.
A leitura é importante e é fundamental que se comece de pequeno.
Este dia, 2 de Abril, foi escolhido por ser o dia do nascimento de um dos maiores mentores da literatura infantil: o escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, autor de obras tão conhecidas como “ O Patinho Feio”, “O Soldadinho de Chumbo”, “O Capuchinho vermelho” , entre outros contos emblemáticos.
Todos os anos é atribuído a um escritor o Prémio Internacional Hans Christian Andersen. Em 2006, a escritora Matilde Rosa Araújo, foi agraciada com este prémio.
Como comemorar, então, este dia do livro infantil?
Para este dia sugerimos-te a leitura do poema de Isabel delgado, a história “ O Livro Fechado” de António Torrado, algumas sugestões para os pais neste dia e alguns pensamentos sobre a leitura e os livros.

Um livro é...




Para mim um livro é….

“um doce de morango recheado de letras, aventurado nos bosques à espera que alguém o coma.”

“uma história, um dicionário, um livro de poemas. Numa história há um conto, num dicionário há significados de palavras e num poema há amor.”
José Carlos Mesquita,5ºA

“amor, uma poesia, uma aventura, é como comer um bolo de ternura.”
Duarte,5ºA

“um amigo, um irmão e uma namorada.”
Luís Carlos,5ºA

“uma fonte de inspiração e um bom amigo para passar o tempo.”
Inês Ramos,5ºA

“um verdadeiro amigo porque com ele posso aprender muitas coisas.”
Ana Maria de Sousa,5ºA

“uma coisa maravilhosa.”
Francisco,5ºA

“a magia a voar
Uma tarte de morango
Pela rua a passear.”
Carlos Eduardo,5ºA

“como saborear um chocolate.”
Catarina Arado,5ºA

Livro Fechado




Nascido em Lisboa em 1939, António Torrado é poeta, dramaturgo, autor de obras de pedagogia e um grande contador de histórias, estando muitos dos seus livros e contos traduzidos em várias línguas. Foi jornalista, editor, professor, produtor principal e chefe do Departamento de Programas Infantis da RTP.
A sua produção literária para crianças foi contemplada, em 1988, com o Grande Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para crianças e incluídos, em 1974 e1996, na Lista de Honra do IBBY_ International Board for Young People.
Uma das maiores figuras da nossa literatura do pós-25 de Abril, António Torrado conhece como ninguém o imaginário das crianças, deliciando-as com belíssimas histórias.
António Torrado, à semelhança de outros escritores, também escreveu uma mensagem de incentivo à leitura das crianças:



Era uma vez um livro. Um livro fechado. Tristemente fechado. Irremediavelmente fechado.
Nunca ninguém o abriria nem sequer para ler as primeiras linhas da primeira página das muitas que o livro tinha para oferecer.
Quem o comprara trouxera-o para casa e, provavelmente insensível ao que o livro valia, ao que o livro continha, enfiara-o numa prateleira, ao lado de muitos outros.
Ali estava. Ali ficou.
Um dia, mais não podendo, queixou-se:
-Ninguém me leu. Ninguém me liga.
Ao lado, um colega disse:
-Desconfio que, nesta estante, haverá muitos outros como tu.
-É o teu caso? - perguntou, ansiosamente, o livro que nunca tinha sido aberto.
-Por sinal, não – esclareceu o colega, um respeitável calhamaço. – Estou todo sublinhado. Fui lido e relido. Sou um livro de estudo.
-Quem me dera essa sorte – disse o outro livro ao lado, a entrar na conversa.
-Por mim só me passaram os olhos, página sim, página não… Mas, enfim, já prestei para alguma coisa.
-Eu também – falou, perto deles, um livrinho estreito. – Durante muito tempo, servi de calço a uma mesa que tinha um pé mais curto.
-Isso não é trabalho para livro – estranhou o calhamaço.
-À falta de outro… - conformou-se o livro estreitinho.
Escutando os seus companheiros de estante, o livro que nunca fora aberto sentiu uma secreta inveja. Ao menos, tinham para contar, ao passo que ele…
Suspirou.
Não chegou ao fim do suspiro, porque duas mãos o foram buscar ao aperto da prateleira. As mãos pegaram nele e poisaram-no sobre uns joelhos.
-Tem bonecos esse livro? – perguntou a voz de uma menina, debruçada para o livro ainda por abrir.
-Se tem! Muitos bonecos, muitas histórias que eu vou ler-te – disse uma voz mais grave, a quem pertenciam as mãos que escolheram o livro da estante.
Começou a folheá-lo e, enquanto lhe alisava as primeiras páginas, foi dizendo:
-Este livro tem uma história. Comprei-a no dia em que tu nasceste. Guardei-o para ti, até hoje. É um livro muito especial.
-Lê – exigiu a voz da menina.
E o pai da menina leu. E o livro aberto deixou que o lessem, de ponta a ponta.
Às vezes, vale a pena esperar.

António TORRADO, Mensagem Nacional para o Dia Internacional do Livro Infantil.
Instituto Português do Livro e das Bibliotecas, 2 de Abril de 1997

terça-feira, 1 de abril de 2008

Mensagem de Incentivo à leitura 2008





O dia do livro Infantil comemora-se a 2 de Abril, data do nascimento do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen. Para assinalar este dia, o IBBY( International Board on Books for Young People) divulga anualmente uma mensagem de incentivo à leitura dirigida às crianças de todo o mundo. Este ano coube ao artista tailandês, nascido em Banguecoque.


Os livros iluminam, o conhecimento encanta

A busca de conhecimento por meio da leitura tem de tornar-se uma prioridade e deveria ser incrementada logo na infância. Desde muito cedo se incute nas crianças tailandesas o desejo de conhecimento pela leitura, com base numa tradição e numa cultura sublimes. Os pais são os primeiros professores das crianças e os monges tornam-se os principais mentores da sua orientação e educação, intelectual e mental, tanto no que respeita aos assuntos do mundo como no tocante aos valores espirituais.Encontrei inspiração para a minha ilustração em ancestrais tradições do meu país. Por um lado, a tradição de contar histórias às crianças, por outro, a de aprender pela leitura de inscrições em folhas de palmeira e em tabuinhas que se destinam a ser lidas.As narrativas escritas em folhas de palmeira provêm da tradição budista. Contam a vida de Buda e recontam histórias das jatakas [fábulas e parábolas], com a nobre intenção de cultivar as mentes jovens e de lhes instilar fé, imaginação e um sentido moral.

Chakrabhand Posayakrit


No País dos Livros





A leitura é importante, logo é fundamental que se comece de pequeno. Os livros, principalmente os infantis, são mágicos, tanto pelas mensagens e valores que transmitem como pela possibilidade que oferecem, deixando-nos viajar por outros mundos.
Augusto Cury, no livro A Saga de um Pensador, diz-nos que " a maior aventura de um ser humano é viajar(...)e o modo mais emocionante de a realizar é lendo um livro, pois o livro revela que a vida é o maior de todos os livros(...).
Este poema que vos propomos para este dia é precisamente um convite ao leitor para ir ao encontro do livro, para mergulhar nele e descobrir o quão maravilhoso é o seu mundo.


No País dos Livros


No País dos Livros
Há um poema escondido
E uma aventura perdida
Pronta a ser descoberta
E vivida!

Vem,
Entra neste país,
Feito de folhas
De livros
Algumas azuis, cor-de-rosa, amarelas
Em que vagueiam
Animais das fábulas de infância
Bandos ousados de aventuras juvenis
Silêncios melodiosos que acompanham as metáforas dos poetas!

Vem daí!
Entra, conquista, percorre,
De sorriso nos lábios
E alma aberta…
O país dos livros!

Isabel delgado, 16/02/00