“ Nenhum homem é uma ilha isolada; cada homem é uma partícula do continente, uma parte da terra”.
Da universalidade das palavras de John Donne ressalta a ideia de que é imanente ao homem a necessidade de comunicar. Aprender a ler é justamente, aprender a comunicar e a situar-se em relação aos outros. A leitura é um poder, é uma arma que o indivíduo dispõe para conhecer o mundo que o rodeia. Ler é cultivar-se, é evoluir, é situar-se socialmente entre aqueles que são responsáveis, que têm ideias, que sabem, que podem e têm o direito de discutir.
A leitura, mais do que um momento de evasão, é um meio de socialização. Ensinar uma criança a ler é, segundo André Dehant-1974, “ dar-lhe um instrumento de revolução permanente, é torná-la mais humana, é garantir-lhe a oportunidade de se realizar plenamente no contacto com os melhores espíritos”.
A leitura é uma actividade essencial a qualquer área do conhecimento, intimamente ligada ao sucesso do que se aprende. A leitura permite ao homem situar-se com os outros, possibilita a aquisição de diferentes pontos de vista e o alargamento de experiências.
Ler é um acto libertador e uma sociedade que não se sabe expressar, que não sabe dizer o que quer, é mais escrava dos outros, é mais manobrável.
Husserl dizia que “ aprender a ler e a escrever é um meio inesgotável de cultura”. Na verdade, aprender a ler na sociedade moderna tornou-se uma necessidade básica e fundamental para nela se poder viver, ser aceite e participar nos recursos que ela disponibiliza.
É privado do poder de ler aquele que não dispõe do poder de comunicar com outrém É ainda privado do poder de ler aquele que não sabe compreender um texto numa atitude crítica. Não basta saber ler o código gráfico, é preciso compreender o que se lê e dar a sua opinião.
Salete