quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Enquanto a chuva Escorrer




Enquanto a Chuva Escorrer

Enquanto a chuva
Escorrer da minha vidraça
E furar o telhado
Daquele farrapo de homem que além passa
Enquanto o pão
Não entrar com justiça
Lado a lado
Mão a mão
Nem jesus vem
Andar pelos caminhos onde outros vão
Um dia
Quando for Natal
(E já não for Dezembro)
E o mundo for o espaço
Onde cabe
Um só abraço
Então
Jesus virá
E será
À flor de tudo
O redentor
Universal
(Quando o homem quiser
Será Natal)

Manuel Sérgio




Eu queria ser Pai Natal

Eu queria ser Pai Natal
E ter um carro com renas
Para pousar nos telhados
Mesmo ao pé das antenas.

Descia com o meu saco
Ao longo da chaminé,
Carregado de brinquedos

E roupas, pé ante pé.

Em cada casa trocava
Um sonho por um presente.
Que profissão mais bonita
Fazer a gente contente
.

Luísa Ducla Soares
Poemas da mentira e da verdade














1 comentário:

tevemar disse...

"Enquanto a chuva escorrer" de Manuel Sérgio trouxe-nos à memória gratas recordações de infância onde existia ainda o verdadeiro espírito de Natal. É com uma certa nostalgia que recordamos aquela festa de Natal na escola preparatória. Vivíamos com entusiasmo cada verso deste poema por nós declamado no palco. Agora, restam apenas as saudades e as memórias de ontem.