Natal e não Dezembro
Entremos, apressados, friorentos,
Numa gruta, no bojo de um navio
Num presépio, num prédio, num presídio,
No prédio que amanhã for demolido...
Entremos inseguros, mas entremos,
Entremos e depressa, em qualquer sítio,
Porque esta noite chama-se Dezembro,
Porque sofremos, porque temos frio.
Entremos, dois a dois: somos duzentos,
Duzentos mil, doze milhões de nada,
Procuremos o rasto de uma casa,
A cave, a gruta, o sulco de uma nave...
Entremos, apressados, friorentos,
Numa gruta, no bojo de um navio
Num presépio, num prédio, num presídio,
No prédio que amanhã for demolido...
Entremos inseguros, mas entremos,
Entremos e depressa, em qualquer sítio,
Porque esta noite chama-se Dezembro,
Porque sofremos, porque temos frio.
Entremos, dois a dois: somos duzentos,
Duzentos mil, doze milhões de nada,
Procuremos o rasto de uma casa,
A cave, a gruta, o sulco de uma nave...
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