sexta-feira, 11 de abril de 2008

SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN

Após a leitura de “ A Fada Oriana”, aos alunos foi proposto a realização de um trabalho sobre a sua autora, Sophia de Mello Breyner Andresen, que todos tanto gostam de ler.
Aqui publicamos o trabalho de um aluno, como forma de homenagear a autora e agradecer por ter escrito histórias tão bonitos, que tanto enriquecem os nossos alunos.

«Na minha infância, antes de saber ler, ouvi recitar e aprendi de cor um antigo poema tradicional português, chamado Nau Catrineta. Tive assim a sorte de começar pela tradição oral, a sorte de conhecer o poema antes de conhecer a literatura.
Eu era de facto tão nova que nem sabia que os poemas eram escritos por pessoas, mas julgava que eram consubstanciais ao universo, que eram a respiração das coisas, o nome deste mundo dito por ele próprio.»

Sophia de Mello Breyner Andresen, Arte Poética V

Vida
Sophia de Mello Breyner Andresen é justamente considerada uma das figuras maiores da literatura portuguesa contemporânea, com particular incidência na segunda metade do século XX. A sua obra, repartida pela prosa, poesia e ensaio (com uma incursão no género dramático através de O Bojador1) tem como destinatários preferenciais tanto o público infantil como o adulto.
Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu no Porto a 6 de Novembro de 1919 e faleceu aos 84 anos em Lisboa a 2 de Julho de 2004.
Tem origem dinamarquesa pelo lado paterno. O seu avô, Jan Henrik Andresen, desembarcou um dia no Porto e nunca mais abandonou esta região, tendo o seu filho João Henrique comprado, em 1895, a Quinta do Campo Alegre, hoje Jardim Botânico do Porto.
Entre 1936 e 1939 frequentou o curso de Filologia Clássica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Familiarizou-se assim com a civilização grega.
Casou em 1946, com Francisco Sousa Tavares – advogado, jornalista e político, com quem tem cinco filhos.
Sophia teve uma actuação cívica relevante antes e depois do 25 de Abril, na oposição ao regime de Salazar e na defesa das liberdades: foi co-fundadora da Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos, presidente da Assembleia Geral da Associação Portuguesa de Escritores e, após a Revolução, deputada à Assembleia Constituinte.

Obras
Poesia (1944)
O Dia do Mar (1947)
Coral (1951)
No Tempo Dividido (1954)
Mar Novo (1958)
A Menina do Mar (1958)
A Fada Oriana (1958)
Noite de Natal(1959)
O Cristo Cigano (1962)
Livro Sexto (1962)
Contos Exemplares (1962)
O Cavaleiro da Dinamarca (1964)
O Rapaz de Bronze (1965)
Geografia (1967)
A Floresta (1968)
Grades (1970)
11 Poemas (1971)
Dual (1972)
O Nu na Antiguidade Clássica (1975)
Antologia (1975)
O Nome das Coisas (1977)
Navegações(1983)
Histórias da Terra e do Mar (1984)
Árvore (1985)
Ilhas (1989)
Musa (1994)
Signo (1994)
O Búzio de Cós (1997)
Mar (2001) - antologia organizada por Maria Andresen de Sousa Tavares
Orpheu e Eurídice (2001)
Primeiro Livro de Poesia (1999)

Prémios com que foi condecorada:
1964 - Grande Prémio de Poesia da Sociedade Portuguesa de Escritores, atribuído a Livro Sexto.
1977 - Prémio Teixeira de Pascoaes
1983 - Prémio da Crítica, da Associação Internacional de Críticos Literários
1989 - Prémio D. Dinis, da Fundação da Casa de Mateus
1990 - Grande Prémio de Poesia Inasset / Inapa
1992 - Grande Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças
1994 - Prémio 50 anos de Vida Literária, da Associação Portuguesa de Escritores
1995 - Prémio Petrarca
1996 - Homenageada do "Carrefour des Littératures", na IV Primavera Portuguesa de Bordéus e da Aquitânia
1998 - Prémio da Fundação Luís Miguel Nava
1999 - Prémio Camões (primeira mulher portuguesa a recebê-lo)
2000 - Prémio Rosalia de Castro, do Pen Clube Galego
2001 - Prémio Max Jacob Étranger
2003 - Prémio Rainha Sofia de Poesia Iberoamericana.


Luís Paulo Mota,5ºA

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